quinta-feira, 2 de abril de 2009

Psicologia do desenvolvimento/educação ao longo da vida

Podemos considerar o problema educativo como número um do mundo, porque dele promanam o nosso progresso, a nossa cultura e, consequentemente, o nosso bem-estar.

Da eficiência da educação dos povos emergem os demais problemas que atrofiam o desenvolvimento económico e cultural. É pelo aprimoramento da educação que um povo progride e evolui social e economicamente.

A educação a que nos referimos não se constitui apenas de instrução pedagógica ou da simples alfabetização dos povos, ainda tão aferrados a preconceitos, a crendices e a tradições lógicas.

A educação, como factor normativo de elevação moral e de bons costumes na família e na sociedade, deve ser completada pelo amor à família, ao trabalho, pelo bom aproveitamento da ciência e da tecnologia, pelo discernimento da Verdade e da justiça e pelo combate aos vícios, à desonestidade, à mentira simples ou convencionada, à imoderação, à ociosidade e à discórdia que inimiza os homens e as nações.

Como complemento da educação social e intelectual, é mister termos o controle dos pensamentos para que as acções sejam pautadas por linhas rectas, de equilíbrio, de bom senso e de critério, para podermos ajuizar as coisas com clareza, justiça e equanimidade.

Vemos a juventude de hoje agitada, desiludida e até transviada, porque os responsáveis pelos destinos dos povos vivem dominados pelo medo, pela mentira e pelo egoísmo.

Se as crianças e jovens fossem mais bem esclarecidos por uma educação racional e despertada para o verdadeiro conhecimento de si mesmo, a humanidade apressaria o progresso, o bem-estar social neste mundo e o seu próprio desenvolvimento/ evolução.

Temos progredido de maneira satisfatória no campo das ciências físicas e naturais; entretanto ainda não compreendemos bem a nossa composição como Força e Matéria, únicos elementos de que se compõem os seres e o Universo.

O século vinte, chamado das luzes, deveria denominar-se século do alvorecer do conhecimento humano, porque o das luzes será de facto o vinte e um, pois, na presente centúria apenas começamos a vislumbrar o início de uma nova era de grandes conquistas científicas e da compreensão da vida fora da matéria.

O homem já está penetrando nos arcanos das leis comuns e naturais. Assim, no século vinte e um teremos coisas maravilhosas tanto na esfera da tecnologia, da mecânica, da eletrônica, da Medicina como na da espiritologia, ressaltando o sentido telepático como veículo de comunicação mental e uma noção mais evidente da importância do pensamento em nosso viver.

O modernismo ou educação bossa-nova, incentivada por excesso de liberalismo dos pais, educadores e governos, está levando a crianças e jovens para os vícios, para a frivolidade e até mesmo para a devassidão; por isso tais desregramentos devem ser combatidos pelas pessoas ponderadas e de bom senso, porque os moços de hoje serão pais, professores e governantes amanhã, e sem uma boa formação moral não poderão conduzir bem a família, a sociedade e a nação.

Devemos criar bases sólidas para a formação de um novo mundo, em que a ciência caminhe paralela com o aprimoramento dos costumes, da cultura e da compreensão da vida, na sua simplicidade e pureza.


Bibliografia:
Cantarelli, Pompeu Lustosa de Aquino, 2003,Saber viver. – 2a ed. – Rio de Janeiro.

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