quinta-feira, 2 de abril de 2009

Filho és pais serás, conforme fizeres assim acharás.

Educação não consiste apenas em boas maneiras, é algo mais amplo, mais profundo, porque envolve o desenvolvimento da vontade, os problemas da saúde física, da higiene mental, da formação moral.

Estas palavras se dirigem principalmente aos pais que imaginam o filho difícil (criança ou adolescente) sem prestar atenção à influência do meio familiar, escolar e mesmo dos companheiros, a qual é decisiva.

Esquecem-se os pais de que a criança não é um ser nómade, mas uma pessoa que deve adaptar-se a uma ordem familiar e escolar pré-estabelecidas. Se essa ordem não for favorável, não haverá adaptação e a criança adquire um comportamento irregular.

Observando bem, existe uma perturbação afectiva que provoca tal comportamento, cuja responsabilidade recai sempre sobre a criança, mas foi criada pelos próprios pais. Enfrentam-se, então, duas responsabilidades: a da criança e a do adulto. Parece ao bom senso que a maior cabe ao adulto.

É um grave erro punir sem remediar a causa. Tal erro resulta, quase sempre, da inconsciente perturbação afectiva dos pais. Essa perturbação, porém, tem origem no conflito conjugal, mesmo que não chegue ao drama da separação.
Educar é conciliar princípios de autoridade e aquisição de autonomia. Mas a autonomia, que não significa anarquia, somente será conseguida com delimitação de liberdade.

Pensando assim e compreendendo que os delinquentes juvenis são vítimas da fraqueza paterna, é que os pais abandonarão este actual relaxamento de exigência, uma espécie de atitude demissionária da função familiar. E por uma atitude voluntária ou de incúria limitam seus próprios direitos.

Errados são os pais que esbordoam os filhos, mas não lhes vigiam as saídas; que permitem camaradagens perniciosas e autorizam revistas, romances, filmes ou peças teatrais voluptuosos, que não protestam contra certas voltas tardias para casa.

A mocidade paga bem caro o preço de uma liberdade desmedida, que a impede de discernir sobre os verdadeiros valores.

Se estivesse educada para a liberdade, os casamentos seriam mais estáveis e felizes. A liberdade de encontros entre moças e rapazes com naturalidade concorreria até para uma exigência mais lúcida na escolha para o matrimónio.

Acontece, porém, que os conceitos antigos sobre o amor e o casamento eram tão rígidos e defeituosos que suscitaram transformações muito acentuadas, não servindo realmente para compensar o erro. Tiveram efeito contrário: os encontros pessoais ao invés de proporcionarem aproximação de afinidades, criaram formas humanas muito esquisitas, de carácter deformado e atitudes reprováveis.

Reflectir sobre as verdadeiras responsabilidades pessoais é um dever escondido que muita gente não descobre.

Principalmente na vida agitada de hoje as mães devem obrigar-se a um repouso, a um recolhimento indispensável ao seu equilíbrio mental. São instantes preciosos em que recuperam forças e serenidade capazes de realizar uma tarefa mais importante do que a realizariam com uma actividade contínua.

Infelizmente, são poucos os pais que, ao invés de condenarem com calma e ponderação atitudes e actos defeituosos (o que é muito importante), deixam-se dominar por estados emocionais de impaciência, raiva e pessimismo.

A consequência mais certa é o rompimento de relações afectivas que têm início geralmente na adolescência, época em que o filho se opõe conscientemente às imposições. E à mãe é que pesa principalmente essa situação tão desagradável por estar maior tempo em contacto com a prole.

Nervosa, impaciente, inábil, dá origem a um divórcio afectivo que pode prolongar-se além da mocidade.

Uma atitude exactamente oposta de ternura excessiva, de mimos exagerados é também prejudicial por não permitir ao filho a possibilidade de emancipação, podendo mesmo levá-lo às piores deformações morais.

Se a criança ou adolescente difícil forem compreendidos pelo meio, podem, graças a um reajustamento afectivo, atingir o nível normal das crianças ou adolescentes normais da mesma idade.

Obedecer é amar, desobedecer é despir-se de afecto.

Quem educa tem necessidade de conhecer-se a si e a criança.

Na própria infância dos pais está, quase sempre, a chave do enigma da criança de comportamento irregular.

A falta de equilíbrio mental dos pais, a qual eles mesmos ignoram, é em muitos casos a origem da criança ou adolescente desajustado.

O desenvolvimento da criança se fará normalmente, desde que sejam satisfeitas suas necessidades básicas: segurança, ternura e livre actividade.

A criança quer ser amada, mas repudia não só o amor que oprime como a ternura excessiva que lhe mata a iniciativa.

Substituí-la por uma actividade que lhe agrade, se não for o único, será talvez o meio mais eficaz para educá-la.

A segurança se refere mais ao aspecto moral que ao material. Decorre da coerência dos regulamentos impostos, da sensação de sentir-se amada, da satisfação de sua natural actividade.


Bibliografia:

Almeida, Olga B.C, Caminhos Certos,R.C.

Psicologia do desenvolvimento/educação ao longo da vida

Podemos considerar o problema educativo como número um do mundo, porque dele promanam o nosso progresso, a nossa cultura e, consequentemente, o nosso bem-estar.

Da eficiência da educação dos povos emergem os demais problemas que atrofiam o desenvolvimento económico e cultural. É pelo aprimoramento da educação que um povo progride e evolui social e economicamente.

A educação a que nos referimos não se constitui apenas de instrução pedagógica ou da simples alfabetização dos povos, ainda tão aferrados a preconceitos, a crendices e a tradições lógicas.

A educação, como factor normativo de elevação moral e de bons costumes na família e na sociedade, deve ser completada pelo amor à família, ao trabalho, pelo bom aproveitamento da ciência e da tecnologia, pelo discernimento da Verdade e da justiça e pelo combate aos vícios, à desonestidade, à mentira simples ou convencionada, à imoderação, à ociosidade e à discórdia que inimiza os homens e as nações.

Como complemento da educação social e intelectual, é mister termos o controle dos pensamentos para que as acções sejam pautadas por linhas rectas, de equilíbrio, de bom senso e de critério, para podermos ajuizar as coisas com clareza, justiça e equanimidade.

Vemos a juventude de hoje agitada, desiludida e até transviada, porque os responsáveis pelos destinos dos povos vivem dominados pelo medo, pela mentira e pelo egoísmo.

Se as crianças e jovens fossem mais bem esclarecidos por uma educação racional e despertada para o verdadeiro conhecimento de si mesmo, a humanidade apressaria o progresso, o bem-estar social neste mundo e o seu próprio desenvolvimento/ evolução.

Temos progredido de maneira satisfatória no campo das ciências físicas e naturais; entretanto ainda não compreendemos bem a nossa composição como Força e Matéria, únicos elementos de que se compõem os seres e o Universo.

O século vinte, chamado das luzes, deveria denominar-se século do alvorecer do conhecimento humano, porque o das luzes será de facto o vinte e um, pois, na presente centúria apenas começamos a vislumbrar o início de uma nova era de grandes conquistas científicas e da compreensão da vida fora da matéria.

O homem já está penetrando nos arcanos das leis comuns e naturais. Assim, no século vinte e um teremos coisas maravilhosas tanto na esfera da tecnologia, da mecânica, da eletrônica, da Medicina como na da espiritologia, ressaltando o sentido telepático como veículo de comunicação mental e uma noção mais evidente da importância do pensamento em nosso viver.

O modernismo ou educação bossa-nova, incentivada por excesso de liberalismo dos pais, educadores e governos, está levando a crianças e jovens para os vícios, para a frivolidade e até mesmo para a devassidão; por isso tais desregramentos devem ser combatidos pelas pessoas ponderadas e de bom senso, porque os moços de hoje serão pais, professores e governantes amanhã, e sem uma boa formação moral não poderão conduzir bem a família, a sociedade e a nação.

Devemos criar bases sólidas para a formação de um novo mundo, em que a ciência caminhe paralela com o aprimoramento dos costumes, da cultura e da compreensão da vida, na sua simplicidade e pureza.


Bibliografia:
Cantarelli, Pompeu Lustosa de Aquino, 2003,Saber viver. – 2a ed. – Rio de Janeiro.

Perguntas interessantes sobre o Ser Humano e o seu desenvolvimento



Quais serão as respostas certas a estas perguntas?? Difícil não?!


Vale a pena tentar, aliás se aqui estamos, haverá um propósito senão nada disto faria qualquer sentido!



1 - O que é a vida?


2 - De onde viemos?


3 - O que estamos a fazer aqui na terra?


4 - Para onde iremos após o fim de nossa vida terrena?


5 - Para quê o desenvolvimento do ser humano?